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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Raul Brandão

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Estamos enterrados em convenções até ao pescoço: 
usamos as mesmas palavras, fazemos os mesmos gestos. 
A poeira entranhada sufoca-nos. Pega-se. Adere. 
Há dias em que não distingo estes seres da minha própria alma; há dias em que através das máscaras vejo outras fisionomias, e, sob a impassibilidade, dor; 
há dias em que o céu e o inferno esperam e desesperam. 
Pressinto uma vida oculta, a questão é fazê-la vir à supuração.

in Húmus
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1 comentário:

cid simoes disse...

E este post despertou-me para a releitura dos três volumes que me olham da estante. Quem conhece hoje Raul Brandão?