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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Fidel

Este ano vai aziago. E parece que nunca mais acaba.
Agora morreu Fidel Castro. No dia 25 de Novembro, Sexta-Feira. 
Nesse mesmo dia funesto porém também morreu alguém que me foi muito mais próximo do que o comandante, depois de uma longa e devastadora agonia. O funeral foi no Domingo.
De maneira que não tive sequer ânimo para fazer aqui uma referência a Fidel.
Mas ela aqui vai.
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Faço-o com uma caricatura e uma frase que o meu amigo Daniel Abrunheiro colocou na sua página do Face-Book: “Todo o gajo que durante mais de meio-século é capaz de manter um pau cheio de pregos no cu dUSAmericanos - é meu gajo.VIVA FIDEL!”.
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A verdade é que, para além disso, muito para além disso, Fidel foi capaz de lograr instituir a partir do nada – apesar de um embargo implacável por parte da maior potência militar e económica de todos os tempos – um serviço de saúde exigente e competente e universal e um sistema de ensino também universal e exemplar.
Fidel ainda foi capaz de dizer na ONU, perante todos os estados do mundo, sem absolutamente nenhum medo de ser desmentido pelos factos: “Hoje, milhões de crianças vão dormir na rua. Nenhuma delas é cubana”.
Foi ou não foi um gajo do caralho?
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Apesar disso, Fidel é muito criticado tanto pela direita mais hard como pla esquerda soft. Um tirano, dizem eles. É assim a vida; há quem pense que é possível que um jardineiro possa produzir belas e cheirosas rosas ou morangos sem sujar as mãos com estrume. Mas não é.
Fidel sobreviveu a seiscentos e tal atentados dUSAmericanos e morreu, como outro célebre cavaleiro andante, tranquilamente, na cama. Todavia, ao contrário deste, não consta que se tenha arrependido de nada. É preciso cojones, pendejos.
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1 comentário:

cid simoes disse...

Claro que como bom ladrão que sou vou roubar o desenho e a citação do Abrunheiro. O ano está a terminar, as preocupações e as alegrias não.